terça-feira, 23 de dezembro de 2008

MARGINAL




Marginal é a fronteira. Um marginal está na fronteira. Num certo limite. Depois do qual se entra numa dimensão estranha. A marginal também é uma fronteira. É um limite. Separa dois mundos. De um lado a terra firme e do outro a água, a fecundarem-se. Pois bem, a marginal da cidade de Maputo também é isso. E o marginal da marginal da cidade de Maputo faz a regra.

Bem em frente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, olhando a baía de Maputo, do outro lado a Catembe, alguém vive colando textos e desenhos. As mensagens ali expostas também são marginais. Li algumas. Vi alguns desenhos. Parecem desabafos. Ou recados desabafados. Para alguém, claro.Alguém tem mais informação sobre o facto? Conhece o autor? Vamos partilhar.

NATAL E PERIFERIA


Andei a espantar-me de rua em rua com o natal nos bairros periféricos da cidade de Maputo. Na última semana, moradores ( jovens, fundamentalmente) iniciaram a ornamentação das ruas e exteriores das residências. Material precário, reaproveitado ( os balõenzinhos de José Craveirinha). Tudo na fasquia do desenrasca. veja isso mesmo nas fotos . Numa , com um pouco de esforço vêem-se as bandeirinhas. Mas o o mais importante é compreendermos a "física". As condições e meio envolvente. Já noutra, nota-se melhor a ornamentação pública. Feita pelo público, em nome do poder que devia servir o público.